A alegria é a fruição espontânea da Vida, sem porquê nem para quê. A alegria é a leveza do jogo do mundo, a graciosa dança de todas as coisas, consciência, energia e matéria, na harmonia eterna que a cada instante se renova. A alegria é a intemporal infância e juventude que nos habita, onde tudo é fresco e sempre novo, nascido a cada instante.
A alegria é mais profunda do que o drama, a comédia e a tragédia. É o sorriso que se abre para além da oscilação entre o riso e o choro. O sorriso da Vida que sempre renasce de todos os aparentes absurdos, conflitos, danos e perdas.
A alegria autêntica inclui o regozijo pelo bem dos outros, que nos liberta dos tormentos da inveja e do ciúme. Quem se alegra pelo bem de todos oferece a si mesmo muito mais ocasiões de ser feliz do que quem se alegra apenas pelo seu próprio bem.
A mais funda alegria é a que surge sem ser procurada. A alegria das experiências mais simples. A alegria de ser. Este profundo bem de estarmos aqui e não ser necessário mais nada. Esta alegria vem impregnada de gratidão.
Autor: Paulo Borges. Copyrights iLIDH 2015-